segunda-feira, 21 de maio de 2007

Idosos

A vida tem toda um inicio e um fim. Um alfa e um Omega. O eterno mistério do nascimento e da morte. A qual tem ganho mais relevo ao longo dos ultimos anos com o aumento da esperança média de vida.

Estamos a passar por um periodo em que não aumentamos a taxa de nascimentos e prelongamos cada vez mais o tempo de vida aos idosos. Em parte é bom, porque lhes aumenta o tempo de vida fisica, mas não a vida psicologica. Cada individuo marca a sua vida por traços sociais ao nivel do trabalho e dos amigos ao longo de toda a sua,vida; tem uma vida dentro da sua vida e sente-se importante e capaz numa determinada função.
A partir da reforma essas pessoas perdem parte da sua vida psicologica e começam a pensar mais na saude fisica. Pensam que o facto de pararem predispõe o inicio duma morte fisica e ao isolamento. Errado!

O problema encontra-se numa sociedade que à pouco tempo acordou para esta realidade e que mesmo assim a trata mal. Os lares de idosos, na sua maioria são como pequenos jardins de infancia rodeados por grades em que a sua saude mental vai regredindo ao se relacionarem apenas com pessoas da sua idade e com auxiliares que muitas vezes não lhes sabem sorrir. Será que existe alguma coisa escrita que diga: Os velhos gostam de estar com velhos? Essas pessoas viveram uma vida, kutaram noutros tempos e tiveram a sua importancia. Mais uma razão para desvalorizarmos a sua imagem
As familias cada vez vivem mais separadas e os velhos são sempre deixados de lado e visto como um encargo, a pessoa que não pode viver lá no apartamento, que prefere a calma do campo à confusão da cidade.

Rebaixamos os idosos ao estatuto de crianças que não sabem o que fazem, oferecemos-lhes a estatueta para melhores vitimas de maus tratos e ainda nos rimos das reformas deles. A culpa não é nossa, somos sociedade, estamos todos ainda a aprender a lidar com esta evolução demografica.

Mas um dia os velhos seremos nós, e nessa altura gostaremos de ter a mesma liberdade que os nossos netos têm e poder precorrer os caminhos que ajudamos a estruturar.

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