segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O Paradoxo da nossa Era

Temos edifícios maiores, mas paciência menor; temos estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos, gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos, temos casas maiores e famílias menores; temos mais mordomias, ainda assim menos tempo, temos mais graus académicos, mas menos senso, mais conhecimento, mas menos juízo, mais especialistas, mas cada vez mais problemas, temos mais gadgets, mas menos satisfação, mais medicina, mas menos bem-estar, tomamos mais vitaminas, mas somos mais frágeis. Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma descontrolada, rimos menos, conduzimos rápido de mais, irrita-mo-nos rapidamente, ficamos acordados até tarde, acordamos muito cansados, lemos muito raramente, vemos demasiada televisão e raramente oramos.

Multiplicamos as nossas posses, mas reduzimos os nossos valores; voamos em aviões mais rápidos para chegar lá mais rápido, para fazer menos e voltar mais cedo; assinamos pequenos contratos para ter pequenos lucros, falamos demais, amamos raramente e mentimos demasiadas vezes.
Aprendemos como ganhar a vida, mas não como vivê-la, nós adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Nós fizémos todo o caminho até a lua e voltámos, mas temos dificuldade em atravessar a rua para conhecer um novo vizinho. Conquistámos o espaço exterior, mas não o espaço interior, fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores; Limpamos o ar, mas poluímos a alma; Dominámos o átomo, mas não o nosso preconceito; nós escrevemos mais, mas aprendemos menos; planeamos mais, mas realizamos menos, fazemos mais rápido, por métodos mais longos; aprendemos a ser rápidos, mas não a esperar, temos mais armas, mas menos paz; maiores rendimentos, mas menor padrão moral; mais festas, mas menos alegria, mais comida, mas menos apaziguamento; somos mais conhecidos, mas temos menos amigos, esforça-mo-nos mais, mas obtemos menos sucesso.
Construímos melhores computadores para armazenar mais informação e produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação; conduzimos carros menores que tem problemas maiores; construímos grandes fábricas que produzem menos. Tivemos avanços na quantidade, mas não na qualidade.

Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos, mas de carácter pequeno; de lucros acentuados e relações vazias. Estes são tempos de paz no mundo, mas de violência doméstica, de mais lazer e menos diversão; de maior eficiência, mas de correio mais lento; de mais tipos de comida, mas menos nutrição.
É a era dos dois empregos, mas mais divórcios; estes são tempos de casas chiques e lares devastados. São tempos de viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, dos encontros de uma noite, da obesidade e comprimidos que fazem de tudo: alegrar, prevenir, acalmar ou matar.
São tempos em que há em que há muita coisa no expositor e nada na dispensa.

Na verdade, estes são os tempos!

Dr. Bob Moorehead

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